Poema – Poeta Moçambicano Celso Lai

Minhas palavras

São versos indiferentes;
Dum mórbido incógnito;
Desta pátria herdada;
Por mísero aflito…

Dos sagazes em extinção.
Sem extensão da sabedoria;
Mesmo que soria.
Em ocasião.

Por falta de amor!
Por apenas cogitar explendor;
Sem se agitar. Mas, que pavor!

Se o desejo, é ser lauto;
E, chegar ao alto!
Nas teorias maquiavélicas!

Poesia marginal: D’Inferno.

Poema – Poetisa Moçambicana Emily Uache

Mais que isso!

Olhos vendados
Pra ver o Teu Olhar
Quando no fundo
Sofro dores terríveis
Em silêncio

Engolir uma carga
E outra carga
Gravada na memória
Quiçá!
Ser volátil
Tudo voar naquela história

Quando dormir
Esquecer até do descanso
Pra lembrar do Teu sonho
Que estava inclusa
Então, não despertar mais

Quando levantar
Varrer o quintal
Um jeito de limpar
Tanta demagogia
Porém, não resultar

Cada folha espalhada
É um traço do Teu Plano
Que não me dá a conhecer
Que não me dá a aceitar
Que foram só planos
E nada mais.

Porque posso amar- te mais que isso.

Emily Uache!

Poema – Poeta Ubiracy Olímpio

Versos Solitários

Meus Olhos
São versos Solitários
Nas noites tristes e frias
De minhas caminhadas
Onde cicatrizes
Me ver em silêncio…
Meus Olhos
São versos Solitários
Nas lágrimas
Que molham
Meu rosto revelando meu sorriso abstrato dos meus sonhos…
Meus Olhos são versos Solitários na minha alma onde minha sombra se deixa navegar em silêncio diante do mar e na Solidão do vento…

Ubiracy Olimpio

Poema – Professora D’Jesus Cutrim

Aquele Olhar.

Era uma tarde fria de janeiro, ele passou por mim.
Senti no seu olhar o amor, cheio de cor, cheio de luz, cheio de paixão, cheio de ilusão, cheio de esperança…
Eu nem sei o que aconteceu comigo, naquele momento… Fiquei atônita, sem confiança!
Perguntei-me: Será por quê?
Não entendi aquele olhar, tão penetrante que me fez sufocar. Roubou meu sossego, minha paz, minha segurança.
Queria falar, mas a voz não saía, só meu pensamento falava por mim, diante daquele forte delírio. Fiquei toda trêmula a me perguntar: O que está acontecendo contigo? Nem eu mesma sabia explicar…Era o amor de um olhar, de um sorriso que me fez delirar? Era amor sim!
Esse amor, foi a razão da minha vida. Passei a amar sem medida…
Mas, tudo não passou de uma grande ilusão.
E de todo esse amor, restaram apenas, lembranças, saudades, e as marcantes cicatrizes, no meu sofrido coração! D'jesus Cutrim.