Poema : Poetisa Olema Mariz “A Versátil”

Quero

Quero levar-te por caminhos
De paisagens encantadoras
Onde o mal fique de fora
E o belo seja hospedeiro
Quero dançar pra você
A dança da sedução
Rodopiar de alegria, paixão
Música de alma verdadeira
Quero ser teu ombro amigo
Tua rede de descanso
Teu balançar de sonhos
Teu silêncio não corrompido
Teu buscar de estrelas
Teu desejo resolvido
E se nada disso eu puder ser
Ainda assim quero ser tudo
Amor que explode no peito
Fagulhas de poemas fundindo
Olhar implorando, veja! Olhe!
Leia meus olhos, decifra-me!
Neles está escrito
Que o meu amor por você
É infinito!

Olema Mariz

Poema : Poetisa Mary Sol Sousa

Crepúsculo

Surge no céu, uma linda imagem
Inspiradora e acolhedora…
Que veio como uma mensagem,
Para responder as perguntas do coração de uma sonhadora.

Diante da minha janela,
Admiro tamanha beleza
Que ornamenta todo o Planeta,
Onde posso reverenciar toda a sua nobreza.

Vejo a tarde se despedindo, a noite chegando,
O Meu Amor cavalgando,
E todo o espetáculo
Da magia do Crepúsculo…

Mary Sol Sousa
Planaltina – Goiás
21 /06/2018.

Poema : Poetisa Michele Mi “A Maravilhosa”

Abismo sem fim

Dor escorre pelos dedos
Alma enclausurada
Agruras, fantasmas e medos
Companheiros da estrada

Sombra aparentemente grande
Ser real tão pequeno
Fracassou diante o gigante
Não lutou como guerreiro

Aos olhos externos bravura
Poder e admiração
Ao inimigo no inverso se curva
Rompendo com a vida sua infinda ligação

Abismo sem fim
Zona do abissal
Mar fúnebre tom carmim
Alagou interno portal

Lágrimas de sangue
Mancharam sua tela
Leito úmido feito mangue
Borraram eterna chancela

Rendição a morte
Coibiu ciclo natural
Tristeza marcada em cortes
Foragido do estado mental

Mãos que levaram proteção
Perderam-se pelo caminho
Embriagou-se o coração
Não suportou os espinhos

Abismo sem fim
Zona do abissal
Mar fúnebre tom carmim
Alagou interno portal

Michele Mi ❤️
Poema sugerido por Eliezer Rogério – Jaraguá do Sul/SC
Inspirado na obra de Manih

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Poema : Poetisa Maria de Lourdes da Costa

ALMA A OUTRA FACE DO AMOR!…

Pontualmente…
Te espero todos os dias
Ao por sol na minha casa,
Apaixonada como sempre,
Deitada na cama,
Te recebo…
Como o melhores dos amores,
Dos amantes que deixaram suas histórias nas páginas da minha vida,
Escrita no pergaminho da minha pele,
Tatuado nos seus rompantes.
Com beijos quentes.
Dos amores que foram,
Dos que estão por vir,
Me jogo em teus braços,
A noite em seus emaranhados,
Envolve meus pensamentos,
Ondas e maresias,
Meus olhos cintilam,
Naufragados em poesias.
Neste silêncio profundo,
Rasgado pelo vento,
Que chora e geme,
Chamando sua amada,
Sacudindo as folhas das árvores,
Vingando desprezo e solidão…
Quebrando os galhos.
Varrendo lembranças,
Açoitando saudade,
Frio que faz tremer,
A falta de aconchego,
Calor de um abraço.
Cheiro de um beijo.
Gotículas d’água,
Serenadas zero graus, na fria madrugada,
Batendo na janela,
Escorrendo na vidraça,
Fumaça que vira gelo.
O frio não perdoa, congela até meus pensamentos,
Encolhida nos cobertores,
Aquecendo o coração.
Minha alma, transloucada sai a procura,
Da outra face…
Alma amada que lhe falta.

Maria de Lourdes da Costa
Aroma, Sabores & Amores
Dourados-MS, 30/06/2921-23:30.hs
DAR. Lei 9610/98

Microconto

Os festejos juninos eram, para ele, toda uma devoção de anos de dedicação. Os rituais pra São João, São Pedro e São Marçal, que desta vez, pelo segundo ano consecutivo, em virtude da Pandemia, não poderiam ser realizados, deixavam – no inquieto, mas não desesperançoso que tudo voltaria ao normal. Sua fé em Deus era inabalável.

Alan Rubens

Poema : Poetisa Susana Andreza “A Poetisa do Coração “❤️

Esvoaçando ao vento

Esvoaçando ao vento eu descobri o que há de melhor em mim,
não há vento nem tempestade que me impeçam de voar…
Hoje consigo olhar para além dos sentidos e ver a vida com alegria,
e uma profunda gratidão nasceu dentro de mim…
Esvoaçando ao vento eu descobri o que há de melhor em ti,
Uma profunda humanidade, um imenso amor altruísta,
Uma vontade de dar e receber, sem cobrança nem mágoa,
Uma imensa serenidade.
Esvoaçando ao vento eu descobri para além das folhas do Outono,
tudo o que a minha natureza poética revela,
uma imensa força emotiva e ao mesmo tempo,
uma enorme fragilidade, que deriva da minha sensibilidade,
melancolia dos dias passados com tristeza e mágoa,
pela profundidade da minha dor, pela ausência
da árvore que me deu origem…
Esvoaçando ao vento eu descobri, que a minha riqueza interior
reside na minha força emotiva,
no meu desassombro perante a vida,
na minha capacidade de resistir, perante a adversidade,
da minha sensibilidade e afetos profundos,
do imenso amor que existe dentro de mim,
e que teimo em partilhar de diversas formas …
Esvoaçando ao vento eu descobri, as imensas formas de amar:
a música para além do tempo,
o amor para além da vida,
a vida para além do tempo,
o tempo para além da vida,
a amizade em tempos de adversidade,
e a eternidade do amor.


Susana Andreza*
*meu pseudónimo literário
Direitos reservados da autora
2º Lugar reconhecimento literário ABMLP

Poema : Poetisa Michele Mi “A Maravilhosa”

Aquarela da vida

Pintor com grande maestria
Exuberância, destreza
Professor da sabedoria
Excelência da nobreza

Massa e água pura
Espelhou sua grande arte
Aos poucos flui a pintura
Princípio da vida, start

Que visão encantadora
Cuidou de cada detalhe
Mente desbravadora
Transborda raios solares

Aquarela da vida
Cores do divinal
Aliança infinita
Sentido existencial

Porção divina incendeia
Bombeando o coração
Corre por nossas veias
Preenche toda imensidão

Brilho que irradia
Tela furta-cor
Alma faz-se simetria
Sentimento do amor

Quanta simplicidade
Em meio tanta grandeza
Canto da liberdade
Essência da natureza

Aquarela da vida
Cores do divinal
Aliança infinita
Sentido existencial

Michele Mi ❤️

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Crônica: Professor Zé Carlos

COISAS E LOAS II

Em Pinheiro, como em todo Maranhão, minam “poetas”. Poetas imberbes, amadores, ingênuos, líricos, satíricos, ébrios, loucos, caducos, endiabrados e mil e uma categorias.
Nessa perspectiva, há de haver as mais diversas formas de “poesia”. O que é nenhuma novidade.
Assim, encontramos a onipresença da “poesia” em pilhérias e em conversas soltas. Em conquistas e em concursos escolares.
Nesse primeiro universo, os PESSOA relatavam alguns “causos” com maestria. Tio Zé narrava uma “zanga” entre dois contendores, ébrios e poéticos, que buscavam apresentar-se como o mais forte “de unszozoutro”. Assim “se deu” o etílico combate. “Minha mão tem cinco dedo, cada dedo é cinco queda, cada queda é cinco p….” Ao que o oponente retrucava, “apimentando” ainda mais a contenda. “Te dou um tapa que teu ouvido sai ‘zunino’. Tua boca ‘abrino’ e ‘fechano’, e teu c. ‘fechano’ e ‘abrino”. “A galera ia à loucura”.
Já tio Inácio apresentava o embate entre um “saliente” e uma bela garota desinibida, que “não lhe dava bola”. Batalha difícil, em que a garota, “achando-se a tal”, não acabou muito bem na “fita”. Ela inicia os gracejos, após ser “provocada”, demonstrando o seu total desprezo pelo pretendente. “Cabeça grande cheia de caspa, dá um ‘arqueire’, quando se ‘rapa'”. Ao que ele retruca, com sua fina ironia. “Cintura fina, bunda não tem e outras ‘coisinhas’, que sei também”. Aí, como dizem, “se ferrou-se”, numa época em que “coisinhas” “valiam muita coisa”.
Já, no universo escolar, sem os sonetos, rondós, haicais, éclogas, odes, baladas e … “poemas a quatro”, dizem as boas línguas, eu não invento, que houve um concurso de “versos pé quebrado”, em uma certa época, no Colégio Pinheirense. Verdadeiramente, não presenciei tão nobre evento e espero está sendo fiel aos fatos. Quem, por ventura, conhecer seus autores, mandem-me.
O certo é que surgiram pérolas. Pérolas, que vão além da mera poesia. Pérolas, que marcam nosso povo em sua mais autêntica veia poética. Com preciosidades do calibre de “Subi no pé de banana, pra ver meu amor passar. Meu amor não veio, cortei a bananeira”; “Progresso chegando, regresso saindo. Te afasta regresso, que progresso chegou”. “Lá vem a lua saindo, branquinha como um leite, se virá coalhada, nois come”. Mas, o ápice desses motejos traduz-se no fantástico: “No Refúgio não tá da gente se fiar. Roubaro o patacho do seu Filozinho, e ele não pôde comprá outro”. Haja poesia!
Santa poesia!

Zé Carlos

Poema : Poetisa Antonia Nery Vanti

Permite

Permite que eu te ame
Com esse amor que sinto agora,
com essa força de sentimentos
que nasceu em meu peito
e de minha vontade se assenhora.

Permite que eu te ame
com toda minha ternura
com meus carinhos e beijos
com o imenso desejo
que nasce dessa doce loucura.

Permite que eu te ame,
nem que seja por um dia,
ou mesmo por um momento
intensamente vivido
para jamais ser esquecido!

Antonia Nery Vanti (Vyrena)
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