Crônica da Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque
“Ano vai,ano vem”
Ano vai ,ano vem e a história é a mesma:
É gente inventando estórias simples, mágicas,complexas ou mirabolantes.
É gente vivendo história e só quem muda é o tempo.
Os opostos se cruzam em caminhos diferentes em forma de reflexos.
De um lado,a fome,a miséria e a pobreza; do outro, a riqueza hereditária e a fama dos emergentes,regados pela ostentação.
A dura desigualdade social.
Todos os dias, as pessoas tanto na cidade grande como na periferia,nascem,crescem,reproduzem e morrem.
A vida é um palco de malabarismo,cujo picadeiro são as facetas que ela nos apresenta como provas,talvez, para que nos tornemos mais fortes,pois são as perdas e as interpéries da vida que fazem com que o homem se encontre ao longo da estrada do palco da vida,onde muitas vezes,ele descobre o motivo de sua existência,por ser o próprio protagonista.
Nesse mundo capitalista em que o homem vale o quanto tem, o sonhar com um amanhã melhor é o que o leva a sobreviver.
Hoje,o ano termina,mas a história continua: Uns brindam em frente à orla em hotéis de luxo e, creio ser a minoria; outros,devastados pelas catástrofes da natureza,resultantes da culpa de suas próprias mãos,dividem o pedaço de pão e o colchonete nos caóticos abrigos e não reclamam;não julgam a Deus.
Ao primeiro minuto do vindouro ano,a história vai continuar e a previsão de novos tempos é como as crianças que acreditam que o Papai Noel,vem de Trenó,trazendo tudo o que elas pediram .
Sabemos que a terra não anda em um bom estágio: doenças contagiosas,pestes, viroses ,vulcões, terremotos,tufões,furacões,um maremoto de coisas que parece até que estamos vivendo um apocalipse, pois quando pensamos que algo se resolve,um pior aparece e desestrutura toda a humanidade.
E mesmo assim o ser humano tem a capacidade de ter dentro de si viva a esperança de melhores dias e quiçá,uma luz no fim do tunel e quem sabe ele esteja certo.
(Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque)
Rio de Janeiro,31 de dezembro de 2021.