Poema : Poetisa Michele Mi “A Maravilhosa”

Vasta luz

Bastou um ponto de luz e tudo começou se mostrar dentro do meu campo ideológico, onde tudo era treva, não se tinha compreensão, tudo era negrume concernente a razão. Mas foi dado o tão importante start, foi acionado meu raciocínio, o olho do entendimento, o interruptor que acendeu e clareou minha imensidão e o prazer de enxergar a verdade foi tomando conta de mim e isso fez-me andar na direção da vida e a ela sempre dizer sim. Hoje não se trata mais uma questão de ouvir falar, mas realmente eu contemplo na minha própria tela a verdade do porquê existimos e a cada dia cresço muito nessa tamanha sabedoria. Sinto minha alma se dilatando, ampliando e o filho da vida crescendo por minhas entranhas, é algo que não dá para dimensionar, nem expressar, mas é sentido no mais profundo do íntimo. É uma ação constante, como pontinhos luminosos se somando, formando a vasta luz, mas tenho a sensação que mesmo toda essa vastidão é apenas primícia diante da glória que nos espera lá a frente, pois se trata de um propósito, uma lei, uma transformação real e verdadeira e chegará o dia tão esperado que minha consciência manifestará todos os bens futuros numa nova terra, novo plano, outra dimensão e contemplarei toda completude dessa vasta luz.

Michele Mi❤️
Tema sugerido por Rozivane Pereira – Santa Fé/PR

Participe você também dos poemas! Faça sua sugestão enviando um tema. Ele será veiculado aqui e no site razaodavida.com acesse!

Poema : Poeta Jean

. PERTENCIMENTOS

Do passo à dança nossos pés
ao traço infinito beijo viés feliz
ainda breve instante criança,
formam par mais leve capaz
de criar o espaço perfeito lar
da vida vindo esperançar broto
ainda agora plena madrugada
em curso grato berço da luz,
buscando vencer a escuridão
a todo pano barco fulgaz a vapor.

Por certo mais tarde a jornada
qual verve verso assim seduz
poesia quase seio precipício,
nos virá verbo vício desde o início
certamente mais perto coragem
de por completo nos entregarmos
mar aberto todo vela credo navegar
os ventos possíveis do amor ao sal,
calmarias brisas vendavais desafios
seja onde for navio cais embarcação.

No entanto nudez ave calor pavio
jamais pleno se entregar bote lei
ao outorgado bruto frio desamor,
sendo imposto opressor fio ator
querendo nos tingir o medo cru
à rosa dos ventos tiros na alma cor
dos mapas norte a nos guiar brios
contrapor desencantos à fora dor,
ao ponto de não apagar lembranças
ditas crias partes pele a nos compor.

humanidade ainda distante flor atriz
tão perto de espinhos moinhos giz
nos obrigando mentiras vinhas vis
descaradas armadilhas sem pudor,
como se um dia brinquedos aedos
indestrutíveis sabores veros odores
não houvessem cedo se guardado fé
presentes texturas valores em nós,
perenes rios imensos jardins comuns
sobrevivida precisa luta em comunhão.

Jean

BOM DIA !!!!!

Poema : Poeta Wandemberg Ribeiro Morais

AS VELAS DO MUCURIPE

As praias de meu Ceará são belas e
Seduzem a quem por elas caminha.

Velas que saem para pescar trazem
Encanto, enquanto eu canto, porém
Lamento e suor são contrapontos à Angústia poética que sinto: a pesca
Salga a alma dos que se arriscam e

Dói pelas vidas que dissipa: é doce
O morrer no mar, quem o disse? Só

Marulhos e a viração me bastam no
Ungido momento de amar, pois nas
Cálidas tardes, ao rangir da rede, os
Umbrais do deleite me tocam e são
Repouso para o corpo cansado e o
Incenso do ansiado e vivo antegozo
Premiando aos que se gostam com
Extremado desejo de serem felizes.

Wandemberg Ribeiro Morais.
Fortaleza, 31 de janeiro 2022

(TRADUÇÃO Em ESPERANTO )

LA VELOJ DE MUCURIPE

La strandoj de Ceará estas belaj kaj
Allogas tiujn, kiuj promenas laŭ ili.

Veloj kiuj eliras por fiŝkapti alportas
Egan ĉarmon, dum mi kantas, sed
Lamento kaj ŝvito kontraŭpunktas
Ordinare al angoron kiun mi sentas:
Ja, la fiŝkaptado salas animojn kaj

Doloras pro vivoj dispelitaj: – dolĉas
Envere morti enmare. Kiu ĝin diris?

Marplaŭdo kaj venteto sufiĉas dum
Unika momento de l’ amo, ĉar estas
Cunamecs sperto kareson via dum
Unuiĝo sub hamakĝemado, ĉar ĝoj’
Ravitece tuŝas lacajn korpojn, ĉielaj
Incensoj ripozigas niajn animojn. La
Premio finfine trafas tiujn, kiuj fakte
Esperas ĝui feliĉon pro l’ vera amo!!!

*AS VELAS DO MUCURIPE*

As praias de meu Ceará são belas e
Seduzem a quem por elas caminha.

Velas que saem para pescar trazem
Encanto, enquanto eu canto, porém
Lamento e suor são contrapontos à Angústia poética que sinto: a pesca
Salga a alma dos que se arriscam e

Dói pelas vidas que dissipa: é doce
O morrer no mar, quem o disse? Só

Marulhos e a viração me bastam no
Ungido momento de amar, pois nas
Cálidas tardes, ao rangir da rede, os
Umbrais do deleite me tocam e são
Repouso para o corpo cansado e o
Incenso do ansiado e vivo antegozo
Premiando aos que se gostam com
Extremado desejo de serem felizes.

_Wandemberg Ribeiro Morais._
Fortaleza, 31 de janeiro 2022


(TRADUÇÃO Em ESPERANTO )

*LA VELOJ DE MUCURIPE*

La strandoj de Ceará estas belaj kaj
Allogas tiujn, kiuj promenas laŭ ili.

Veloj kiuj eliras por fiŝkapti alportas
Egan ĉarmon, dum mi kantas, sed
Lamento kaj ŝvito kontraŭpunktas
Ordinare al angoron kiun mi sentas:
Ja, la fiŝkaptado salas animojn kaj

Doloras pro vivoj dispelitaj: – dolĉas
Envere morti enmare. Kiu ĝin diris?

Marplaŭdo kaj venteto sufiĉas dum
Unika momento de l’ amo, ĉar estas
Cunamecs sperto kareson via dum
Unuiĝo sub hamakĝemado, ĉar ĝoj’
Ravitece tuŝas lacajn korpojn, ĉielaj
Incensoj ripozigas niajn animojn. La
Premio finfine trafas tiujn, kiuj fakte
Esperas ĝui feliĉon pro l’ vera amo!!!

Wandemberg Ribeiro Moraes

Poema : Poeta Raimundo Ramos

FLAGELADO

Eu sou povo flagelado
Quero pedaço de pão
A fome me faz sofrer
Vivo na desilusão
Eu sou povo sofredor
Sinto fome, grande dor
Vivo sem ter condição.

Vivo na desilusão
Ela cruel me destrói
Sem nenhuma esperança
Aqui no meu peito dói
Amargura é padecer
Sem ter nada pra comer
Essa fome me corrói .

Busco de porta em porta
Gota d’água pra tomar
É Ilusão e miragem
Inútil vem angariar
Deparo com flagelados
É irmãos abandonados
Minha vida é chorar

Raimundo Ramos
Poeta paraense.

Poema : Poetisa Marli F Freitas “A Flor de Minas”

“NADA É POR ACASO

Tenho o hábito de fazer as coisas quando meu coração quer
e, quando ele quer, uma curiosidade atrevida invade meu ser.
Um dia quis conhecer, nada mais nada menos, que Dostoiévski.
Escolhi “Crime e Castigo” e cheguei a ver o destino em minhas mãos!

Passei a questionar, com maestria, os dramas existenciais
propostos por uma mente brilhante, onde a falta de sentido
pode gerar conflitos internos naqueles que veem
no outro a insignificância que trazem dentro de si.

O grande romancista não oferece respostas prontas.
Quer que busquemos em nós o que precisamos compreender
e, no viés das descobertas, podemos entender
que o que mais precisamos é de praticar a fé e acreditar no amor.

Mas como todo paradoxo, é preciso estar aberto às possibilidades
e compreender que a lei do retorno não isenta o poder da culpa.
O fim deixou um grande pesar, pois, queria mais daquela luz que clareava
a minha mente e alguém no café para falar sobre o crime e o castigo.

Busquei nas ruas e vielas da minha vida, mas, foi do outro lado do caminho,
que encontrei alguém fascinado diante da mesma trama.
Algumas poucas palavras e meu coração vibrou, então sorri e a mágica
aconteceu, não pelas vias duvidosas de Dostoiévski, mas pelo amor aos livros.”

Marli F Freitas / Poema em fase de publicação na Antologia “DOSTOIÉVSKI” Chancela da FEBACLA.

Poema : Poeta Jorge Furtado

PROPOSTA

Que tal, a partir de agora,
Começarmos a pensar
De maneira positiva
E só o amor emanar?

O que é ruim, neutralizar
Compartilhar só o que nos faz
Abrir aquele sorriso
E encher a alma de paz?

Temos que ter consciência
Que existe a lei da atração
Se você age com decência
Atrai iluminação.

Notícias que não edificam
Não dê ibope pra elas
Pois são elas os vetores
Que disseminam mazelas.

Vamos falar de poesias
Vamos recordar a infância,
Vamos resgatar a ternura
E estreitarmos a distância.

Plantar flores no jardim
Para atrair passarinhos
Vamos ser feliz agora
Trilhando áureos caminhos

Vamos partilhar o pão
Exercer a caridade
De maneira fidedigna
Sem sombras de vaidade
.
Dai A nossa passagem
Aqui valerá a pena
E deixaremos só saudades,
Quando sairmos de cena !

Jorge Furtado