Poema : Poeta Jean

CENÁRIOS, QUEIXAS E DEIXAS

Em sobressalto algo bruto sal ator,
o olhar cais qual alma me resta mar
parece tentar sobreviver ainda ao lar
meio herói lento bandido todo bote,
ao passo da arte de navegar calor
em direção às utopias sob o céu.

Náufrago de mim mesmo réu até dor
afeito aos esmeros da sorte guia fé
enquanto sol a coragem de amar lei
persistindo fala em meu tolo papel,
buscar ditar o sumo do norte tão voz
ao rumo nu das ilhas do amor maior,
apesar e além das duras vias marés.

É que rasgada vela a todo pano jás,
o mesmo ávido tempo grave senhor
qual me guarda às ondas e esquinas
cotidiano forasteiro à deriva flor atriz
vem índio menino seguidor do farol
insubmisso grito partido negro fujão
construindo quilombos zelos por aí
como se fosse ave catando verões.

Na verdade me aguarda sorrateiro
ao palco de um destino mística ave,
quase meio pronto pra voar aprendiz
dentro de um beijo roubado esmero
até quem sabe lábio mais ligeiro giz
rabiscando os muros vendavais aqui
pra de veras asas fugir das solidões
e me fazer parte grão da comunhão.

Jean

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