Poema : Poeta Jean

O DOGMA DO BEIJO

Roubado cio assim bruto uso pavio
o poema vulto de um beijo cor brio
quase gás mesmo seio navio em luto
salvo conduto lar ao feio esteio frio
de um tempo desumano gelado veio,
o lábio carmim flor de ser mente dor
caminha sumo despercebido gente
trem de asas em meio à multidão fio,
resoluto verso vício ofício de beijar.

Até quando não sei, confesso mar
quantas eternidades ainda passos
hão de me restar coragem de amar,
posto que o tal amor concreto lugar
maior das utopias ao coração cria
da ilha imprescindível altar via cais,
por certo sei que um dia razão tardia
vai parar seu errante dom de pulsar,
ato humano em meu simplório vago
índio insubmisso negro ente existir
eternamente pardo mestiço fujão.

No entanto hoje por completo grato
ao azul ave passageiro nave da alma,
digo réu da certeza qual me compete
seguir adiante mais essa tal manhã
tão luz em botão renovada missão,
meu beijo mesmo grisalho cansado
aos jardins da minha nudez presente
castanhamente rio no olhar vaga tez
qual me faz voz esperançar o sonhar,
insiste mesmo batom vermelho trato
beijar a boca do mundo ao versejar.

Jean

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