Canto sublime
Canto aos que semeiam a paz em no território da cólera,
mesmo trazendo os olhos umedecidos por tanto prantear.
Canto aos que tecem a túnica do tempo
Propagando boas novas, sendo arauto de luz onde campeia e impera a Malévola escuridão.
Canto aos Que clamam por justiça
Ante os incomplacentes homens vermes
Que detém o cetro do pútrido poder nas sanguinárias mãos.
Canto aos que compartilham o pão, embora escasso, com o famigerado andarilho e que vê
nele a extensão de si, e por ele fomenta compaixão.
Canto aos que sucumbiram lutando por um mundo mais igualitário, mas que jamais se deram por vencidos
mesmo em face de tantas frustrações perdas e danos.
Aos que acreditam que o AMOR tudo vence e que nele a plenitude de tudo que é edificante se faz perene a cada instante.
Canto aos que hão de vir para dar continuidade àqueles que fizeram de suas existências um manancial de fé, prudência, resiliência e fraternidade.
Canto enfim por todos nós por essa humanidade caótica no afã que haja um consenso universal e que cada um se conscientize que pode ser um instrumento em potencial para que a Concórdia edifique inabalávelmente sua Magistral catedral no âmago de todos.
Só assim evoluíremos e seremos livres de tudo que nos constrange, derrota e oprime, irrevogavelmente, livres.
Jorge Furtado/ Ce