Poema : Poetisa Lya Carvalho Jardim

Procura

Por entre bem e mal,procuramos o Graal.
Seja em Grajaús ou
gramíneas.
Em grafias e gramitas.
Nesta viceral procura ou em
telúrica estrada.
Estamos nós;sós.
Observando o fluxo das marés ou o movimento
das estrelas cadentes em pedidos mais que
secretos.
De onde viemos,e por quê?
Que gorgona ou huri,poderia nos orientar,neste caos?
Endossar,que coisa escrita?
Que sebe nos protege?
Que elo podemos
encontrar,perdido?
Andante do destino,
onde armar uma tenda?
Em que rio,jogar nossos mortos,em que pira?
Navegantes de tão longe,em que águas deitar âncora,onde fundear,com segurança,as esperanças?
Nesta vida ancha que nos obriga uma travessia tão
insegura,onde o mirante,terraço,
belvedere?
De onde se descortine a paisagem daquilo que não ousamos ser ou ter?
Dos nossos anjos e contrários?
Onde, a conexão do cosmos?
Que trilhas ou trilhos herdamos
dos Deuses,pobres e finitos que somos?
Que configuração,
projeção,
holograma,
imitamos?
Perdidos na vastidão do universo,neste emaranhado de
mundos paralelos,
somos sem ser.
Portais,canais,
onozone,fotons,
cristais.
E essa chama crística que nos envolve e transmuta.
Que nos orienta por milênios.
Por tudo isso,eu me pergunto…
É o homem que ri
dos Deuses ou sao os Deuses que gargalham de tudo
isso?

Lya Carvalho Jardim (1985).

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