🌺 Lição de Vida🌺

Essa história aconteceu na casa de meu avô paterno e meu pai gostava de
nos contar ao mesmo tempo que aproveitava para nos passar outros
ensinamentos que carrego comigo até hoje e repasso aos meus.

Meu avô sempre foi um batalhador e, como é de costume entre as pessoas
de sua época a fartura dentro de casa era como se fosse um sacerdócio.

Estavam sentados à mesa meu pai, seus irmãos Maria e Constantino e dois
sobrinhos de meu avô o Miguel e Juarez além de minha avó. Ao terminar
a refeição minha avó pegou algumas bananas e partiu ao meio dando um
pedaço pra cada um dos meninos(ainda eram crianças) quando um deles
reclamou que não iria comer só um pedaço porque tinha um cacho de
bananas pindurado e só um pedaço era pouco.

Meu avô nada falou apenas levantou-se e desamarrou o cacho de bananas
colocou sobre a mesa pegou um cinto e disse: Coma todo o cacho se não
comer apanha e se comer também apanha. Meu tio começou a chorar e se
desculpar mais ja era tarde e o meu avô deu-lhe uma surra ao mesmo
tempo que ia falando que criança deve comer o que se coloca na mesa,
que não deve reclamar ,que devia obediência aos mais velhos ....
Nos dias de hoje essa situação seria recriminada e meu avô seria visto
como uma pessoa malvada mais o meu tio está ainda vivo e também
conta essa história e deu graças à Deus essa lição porque cresceu sadio,
respeitoso e obediente com os mais velhos.

Dentre muitas histórias contadas por meu pai aprendi e até hoje conservo
o hábito de tomar a bênção à todos os meus tios sempre que os encontro,
respeitar sempre as pessoas, levantar-me de onde estou sentado para os mais
velhos, não chamar palavrão,ao sentar-me à mesa esperar os outros mais
velhos servirem-se e não escolher o que eu gosto na mesa antes dos outros.

Consegui me formar em dois cursos e nunca achei cafona nada do que
nosso pai e avós,tios e os mais velho me ensinaram e com isso orgulho-me
de nunca ter apanhado uma surra.

Posso afirmar aos mais novos que ser obidiente nos dias de hoje é uma
quantidade nos dias de hoje e não conheço ninguém obidiente que se
deu mal na vida.

Alan Rubens