Poema

🌹Perfuma…🌹

Perfuma tua alma
E exala tua fragrância
Que graciosa acalma
Com humilde elegância

Perfuma com teu amor
Que acaricia corações
Com precioso fervor
Ensinando tuas lições

Perfuma com serenidade
Com tua brilhante luz
E tão linda sensibilidade
Cuja ternura seduz.

Alan Rubens

Poema : Poeta Alexsandre Soares de Lima

A SURRA DO CORAÇÃO

Eu sou coração que não aprende
E se prende a quem não tem interesse.
Eu sou como tantos outros
Que são ouros e se colocam
Na inferioridade.
Eu sou coração que não aprende,
Mas que almeja por um lugar na felicidade.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)

Poema : Poetisa Rose Melo “A Iluminada”

Fadinha dos dentes

A fadinha dos dentes
Aquela que vem à noite
Deixa um lindo presente
E nunca leva o seu dente
Ah! Fadinha cadê o duendes?
Gostaria tanto de conhecê-los!

Fadinha dos dentes
Eu ficava até tarde te esperando
Imaginando como você seria!
Seria como uma libélula?
Ou uma borboleta?
Quem sabe, um beija-flor?
Pequena mocinha banhada em purpurina, com asinhas!

Rose Melo 05-06-23

Poema : Poetisa Rita Santarém “A Romântica”

Relação Ideal

Que seja infinito tudo que nos une como o amor, a poesia e cumplicidade.
Que possamos seguir caminhos preciosos de companheirismo e lealdade.
Que sejamos mais que amigos nessa aventura que envolve carinho, afinidades e sexualidade.
Que possamos estar sempre unidos pela compreensão e sinceridade.
Que tudo que nos aproxime tenha sempre um toque de ternura e verdade.

Rita Santarém

Poema : Poetisa Fernanda Rocha “A Guardadora de Palavras”

SOMENTE SONHO

Sentei-me na beirinha de uma lágrima
Nessa lágrima brilhante, reflectindo o sol
Onde a chuva tinha espalhado as aguarelas
Pintando nele delicada tela

Nas curvas escuras dos olhos
Outra lágrima descansava
Tinha andado um bom bocado de tempo
Navegando por dentro do sentimento
Molhada… cansada
Meditava, na calma do momento

Esperava a chegada das irmãs
Vindas do lado da aurora
Cavalgando as neblinas das manhãs

Afastou um borrifo dos cabelos translúcidos
Ajeitou uma ruga no vestido de seda
E contou-me
A mim.. .?
Simples poeira e
guardadora das palavras
Do tempo em que nem tempo era
De como chorava quando era Primavera
Lágrimas de alegria espalhadas pelo chão
Regatos calmos na palma da mão
Como viajava ao sabor do desejo
Desfazendo-se em nada com um simples beijo

Fernanda Rocha
A Guardadora de Palavras

Crônica : Professor Zé Carlos

OS SAGRADOS APELIDOS

Por mais de uma vez, já fiz referências a apelidos, que muito e fortemente marca(ra)m o baixadeiro. Há para todos os gostos. De Gigodê a Bigode Ralo. De Chico Malagueta a Zé Pato. De Antônio Piaba a Benedito Baralho.
Alguns são tão fortes que o autêntico nome se escafede e vai dormitar, para sempre, no reino do esquecimento.
E, só para bem ilustrar o que digo. E, eu estava lá! Ao ir buscar informações, numa repartição pública, o auditor foi surpreendido por um funcionário, “um quase pinheirense”, assim que lhe solicitou o nome dos dependentes. Não é que, direto e certeiro, lhe mandou os apelidos … E, ao ser inquirido, saiu-se com esta. “Quando eu i almoçá, vô pedi pra minha muiér copiá us nômi dêlis i trago pru sinhô”. Santo Deus! “Rum!” O “mofético” não sabia o nome dos filhos! “I tô quase dizeno!” E, aí, o que fazer?! Só me resta perifrasear “o poeta do exílio”. “Meninos eu ouvi”. Só não juro, com “us dedinho incruzado”, que é pecado.
Mas, não acabou. O que dizer ao ver os apelidos, incorporados aos nomes próprios, em definitivo?! Sim. Verdade, verdadeira!
“Do lado materno”, o meu avô me assegurava em fantásticas conversas, logo após o seu programa sagrado, A Voz do Brasil, no imponente Transglobo, um verdadeiro “caixãozão, des’tamanho”, que foi acolhido o “DO ROSÁRIO”, em razão do meu trisavô, escravo fugido de um engenho, localizado na região, em que hoje se encontra o município de São Vicente de Ferrer, ter buscado refúgio e ter se estabelecido, por muito tempo, em uma localidade chamada “Rosário”, à margem do rio Turi. Aí, o RODRIGUES “se sumiu, se escafedeu, se mandou, na ‘capueira”. Aí, então, eis o Antônio Raimundo DO ROSÁRIO.
Já, em São Bento, uma vaca, estrela, titula uma importante família de intelectuais, muito ligada às artes e ao Madre Deus, e que é bem representada por Lenita ESTRELA de Sá.
E, assim, as famílias vão seguindo com os seus “filhos da selva”, com os seus “filhos da mata”, com os seus “filhos da costa”, com os seus “filhos do Paço da Oliveira”, com os seus “filhos do ferreiro”, com os seus “filhos de Goncalvus”, com o seus,
com os seus … apelidos!

Zé Carlos Gonçalves