CENAS DO COTIDIANO XII
… e São Pedro continua a chorar, ante às “mavardezas dus ômi”. E se vêem ruírem pontes, estradas, casas, em registros de cenas da maior e mais dolorida tristeza. Que prejuízo material monstruoso. O psicológico, irrecuperável. Mais revoltante e desumano são algumas posturas. Olham, e não vêem; e seguem insensíveis ao sofrimento do próximo. E o repeteco virá “pro ano, qui veim”. Quanta desfaçatez! Por que se eleger, então?!
… e o maior pesadelo dos caminhoneiros é encontrar uma estrada! “Rodam em crateras lunares”. E, por falar em crateras, me lembrei de um programa, a que assisti, de Jairzinho, no tempo em que a televisão “valia a pena”. Um telespectador “li mandô uma cartinha, reclamano da situação de uma rua”. “Jairzinho, pede pra Castelo mandá arrumá minha rua, qui tá só cratera, num passa neim mais carro”. E a resposta veio revestida no mais sincero tom professoral. ” Meo amigo, num fale tolice. Diga buraco. Viu, buraco. Cratera é u qui u dentista cuida!” Perfeito! Que falta nos faz o Jairzinho!
… e, na “Ilha da Magia”, só a magia acontece. THE MYSTERIES OF THE NIGTH. Haja mistérios. De noite. A greve “descontinuou”. E o “sindi” mostrou suas garras. Arranhou e feriu todos os mestres. De morte. Mais uma vez, (des)faz a história. Que “vã filosofia” perdeu Shakespeare! Eita, maré de sizígia, a afogar professor! E, como gosta de dizer um amigo meu, veio “di cum força, num repuxo”. Até quando?!
… e a nossa profissão, além do mais, tornou-se perigosa, ao extremo. Esfacelou-se a família. A escola torna-se o socorro e o alento. Havemos de enfrentar (…)! Que Deus nos proteja!
Zé Carlos Gonçalves